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Jornalismo Brasileiro e as Sociedades Secretas



Desde antes da vinda da Família Real para o Brasil (1808) o jornalismo brasileiro (a chamada imprensa) está fortemente conectado com as sociedades secretas (leia-se maçonaria vermelha e azul).

À guisa de exemplo, em 1822, aproximadamente 20 jornais circulavam somente no Rio de Janeiro, quase todos de caráter político e maçônico: Anais Flumineses, O Brasil, A Malagueta, A causa do Brasil, O Compilador Constitucional, O correio do Rio de Janeiro, D. Perequito da Serra dos Órgãos, A gazeta do Rio de Janeiro, Heroicidade brasileira, O macaco brasileiro, Memorial apologético, Diário do Rio de Janeiro, O papagaio, Reclamação do Brasil, O espelho, Revérbero constitucional fluminense, O regulador brasileiro-luso, O republicano liberal, A verdade constitucional, A sentinela da liberdade à beira-mar da Praia Grande, O tamoio, O voluntário.


Ressalto atenção os nomes dos jornais e a inserção de termos pouco usuais na monarquia, mas, afeitos ao movimento revolucionário mundial.

 

Ativismo jornalístico e nova linguagem no período do Império:

O jornal “A Aurora Fluminense Jornal Político e Literário” traz um texto da maçonaria carbonária cifrado na indiferença que o Império ostentava para com os estudos de Phisica, Botânica e Mineralogia. Alerta que os RUSSOS tem mandado colónias de Viajantes Naturalistas (o termo técnico dos carbonários) para estudar as riquezas dos Brasil sem o mínimo conhecimento ou interesse da Coroa em deslindar essa “operação” (?!)


Tão logo foi declarada a Indepêndencia a imprensa e as sociedades secretas iniciaram a circulação de uma saraivada de artigos e notícias criticando o Imperador D. Pedro I. Se fosse devidamente estudada a atuação ATIVISTA da imprensa antes da vinda da Família Real (1808), durante D. João VI, antes e depois da Independência, durante os dois Impérios e antes da deposição de D. Pedro II muitas coisas seriam clareadas.

 

Mais em exemplo de ativismo jornalístico e nova linguagem no período do Império:

O jornal “Sentinela da Liberdade a beira do mar da Praia Grande” faz um fortíssimo ativismo de imprensa contra o Imperador clamando pela libertação do Brasil da tirania e da escravidão (temas clássicos para fazer frente às Cortes de Lisboa aliados do argumento de Brasil Colónia, criados por José Bonifácio e D. Pedro I); ao mesmo tempo anuncia que a América está acordada, um prenúncio das tratativas da futura República. A “denúncia” é lançada de Buenos Aires, o jornal é carioca com chamamento para toda a América. Ou seja, o movimento “libertário” é de cariz internacional.

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