A destruição do falso Império de Napoleão inicia-se com a VOLTA diplomática que D. João VI lhe faz impedindo-o, entre outros, de tornar-se Imperador de toda a Europa. Depois disso, sua queda definitiva dá-se na batalha contra os russos o que lhe valerá o exílio em Elba.
Ao contrário do que afirma a historiografia brasileira, D. João VI não fugiu da Europa simplesmente como um canastrão covarde. Quando D. João VI transfere a Corte para o Brasil impede que: 1) o Império Português seja dividido entre França e Espanha; 2) que Portugal seja fatiado em 3 partes entre Portugal e Espanha; 3) que Napoleão se torne Imperador da Europa; 4) que a Espanha se aproprie das 3 Américas; 5) que se concretizasse a guerra contra o recém-fundado EUA.
Napoleão, por conta disso, afirmará que D. João VI foi o único Monarca europeu que o enganou. É fato, mas, além de enganá-lo impediu que a Europa ficasse de joelhos diante da França anti-cristã. D. João VI está muito longe de ser o Monarca estúpido comedor de coxinhas apresentado por Carla Camurati, cineasta chinfrim.
História é documento, mas, não no Brasil. Aqui, o documento vale desde que não contrarie o interesse de grupos e, se contrariar, deve ser ajustado aos interesses do grupo. No Brasil, a história é feita sob encomenda para os grupos de políticos, religiosos, maçonaria, militares, econômicos, monarquistas, acadêmicos, etc. Não é por acaso que o governo brasileiro tem um projeto de lei para destruir TODOS os manuscritos do Brasil.
A historiografia nacional NUNCA aponta as reais e íntimas ligações entre Napoleão, a Revolução Francesa e a maçonaria no processo de Independência das Américas.
Napoleão, embora tenha feito acordo para dividir o Império Português com a Espanha não pretendia cumprir esse acordo. Quanto a isso, cabe recordar que a França invade a Espanha e aprisiona o rei. Foi, precisamente, a ausência de um rei legítimo que levou os colonos a desencadearem uma série de lutas que favoreceram os processos de independência em toda a América Espanhola.
O mesmo aconteceria com o Brasil caso D. João VI tivesse mantido a Corte em Portugal: seria dividido em inúmeras republiquetas.
Quando D. João VI transfere a Corte para o Brasil não foi somente para fugir com um borralho de Napoleão, a estratégia visava preservar a Coroa Portuguesa e seu Império, bem como, evitar que a Europa ficasse sob domínio absoluto da França e que uma guerra fosse declarada contra os EUA. Quando Napoleão invade Portugal já era para dividi-lo em 3 partes, conforme a imagem anexa. Abaixo, os 3 primeiros artigos do Tratado de Fontainebleau que acordam a divisão:
Artigo 1. A província de Entre Douro e Minho, com a cidade do Porto, se trespassará em plena propriedade e soberania para sua majestade, o rei da Etrúria, com o título de rei da Lusitânia setentrional.
Artigo 2. A província do Alentejo e o reino dos Algarves se trespassarão em plena propriedade e soberania para o príncipe da Paz, para serem por ele gozados, debaixo do titulo de príncipe dos Algarves.
Artigo 3. As províncias da Beira, Trás-os-Montes e Estremadura portuguesa, ficarão por dispor até que haja uma paz, e então se disporá delas segundo as circunstancias, e segundo o que se concordar entre as duas partes contratantes.
A historiografia nacional “esquece-se” de mencionar que uma das razões da transferência da Família Real para o Brasil em 1808 é porque Napoleão em 1807 havia dividido Portugal em 3 partes com a Espanha, o célebre Tratado de Fontainebleau. As duas partes contratantes concordam mutuamente em uma igual divisão das ilhas, “colónias” e outras possessões ultramarinas de Portugal e, além disso, o Rei da Espanha seria decretado Imperador de todas as 3 Américas.
O que motivou o Tratado? Em 1806, depois do fracasso na tentativa de invasão à Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental. Portugal, tradicional aliado da Inglaterra, nega-se a cumpri-lo. Napoleão então decide invadir Portugal. Mas, para isso, Napoleão precisava levar as suas tropas até o território português. Então, em 27 de Outubro de 1807, Manuel Godoy (Príncipe da Paz) e Napoleão assinaram o Tratado de Fontainebleau. Por ele que se permitia o passar de tropas francesas pelo território espanhol a fim de invadir Portugal.
Quando D. João VI transfere a Corte para o Brasil não só impede que Napoleão se torne Imperador da Europa, bem como, que a Espanha se aproprie das 3 Américas, uma vez que nessa altura, planeava-se guerra contra o recém-fundado EUA.
Napoleão, por conta disso, afirmará que D. João VI foi o único Monarca europeu que o enganou. É fato, mas, além de enganá-lo impediu que a Europa ficasse de joelhos diante da França anti-cristã. D. João VI está muito longe de ser o Monarca estúpido comedor de coxinhas apresentado por Carla Camurati, cineasta chinfrim.
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