É consabido a ligação do Príncipe Charles com tariqas islâmicas. Mas, é praticamente desconhecida a ligação política estreita e íntima entre a Inglaterra e o Califado. Quanto a isso, o texto abaixo, de Priscila Garcia é ilustrativo:
“Um pouco de História:
O Império britânico, no século XIX, tinha INTERESSE em prestigiar muçulmanos porque a minoria muçulmana que existia na ÍNDIA – então parte deste enorme império – era ÚTIL para impedir, ou pelo menos MINIMIZAR, que o sentimento de NACIONALISMO HINDU se expandisse e ameaçasse o domínio britânico na Índia.
Ou seja, os british prestigiavam os muslims na India dentro do princípio romano do “dividir para dominar” – mesmo ANTES de se descobrir a utilidade de um treco chamado “petróleo”…
QUANDO tanto o treco quanto a sua utilidade foram descobertos, primeiro na então Pérsia e depois no Iraque, esta aliança se acentuou: e o Império britânico passou a se intitular “defensor da “integridade do Império Otomano”, sob cuja REGRA todo o Dar al-Islam – ou a UMMAH, que é a comunidade islâmica mundial – estava submetida.
Na guerra da Criméia, que se estendeu de 1854 a 1856, a Grã-Bretanha e a França lutaram unidas EM PROL da defesa do Império Otomano, CONTRA a Russia czarista.
Na época em que este Império Otomano, já decadente, escolheu lutar ao lado da Alemanha na Primeira Guerra, ele controlava ainda a Síria, o Iraque e toda a Palestina: e os britânicos então passaram a prestigiar os ÁRABES muçulmanos, que detestavam os TURCOS muçulmanos que os dominavam há séculos.
Ou seja, foi com a ajuda ocidental que o controle do califado foi transferido dos TURCOS para os ÁRABES: e o Império britânico oficialmente fez uma proclamação dirigida aos povos árabes afirmando que, “embora a Turquia tivesse se tornado um inimigo, a política britânica com relação ao Islam continuaria a ser amistosa”. Na verdade, o Império britânico garantia independência aos países árabes, em troca de seu apoio na I Guerra – mas, quando a guerra acabou, essa garantia acabou constando de sua transformação em “protetorados britânicos”.
A IDÉIA do Império britânico era RECONFIGURAR o califado, fazendo da Arabia Saudita a sua SEDE, sempre supondo que o domínio britânico sobre esta parte do mundo seria MANTIDO: pode-se dizer que foi o Império britânico quem CRIOU a configuração do que hoje é conhecido como “Oriente Médio”. Os britânicos achavam que o mundo islâmico SEMPRE poderia ser controlado e manipulado – por eles, é claro – através do controle da pessoa do CALIFA. (continua)”.
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